Sunday, May 22, 2011

Desportos e recreação. Segunda versão.

É bom jogar algum tipo de jogo por recreação e para a saúde. Todo o mundo sabe disso e este país é um bom lugar para se envolver em actividades ao ar livre. Como alguns de nós envelhecemos é preciso mais esforço para fazer actividades físicas pelo que outras formas de lazer têm que ser procuradas. Eu gosto de nadar e mantenha a minha forma física praticando natação em piscinas locais. Eu também incentivo a minha família a andar a pé nos florestas que cercam a nossa casa.


Uma pessoa como eu joga um desporto por muitos motivos. Eu estava a jogar bilhar semanalmente durante 25 anos por lazer e amizade. A actividade social após o desporto é tão importante quanto o próprio desporto. Eu gostava de ir a um pub depois do bilhar e tomar uma cerveja com os meus colegas. Esta era talvez a parte mais importante da sessão de total lazer. Um aspecto das visitas aos pubs era tentar encontrar um lugar que cumprisse com  todas as nossas rigorosas exigências sociais - um ambiente agradável, tranquilidade e um excelente estoque de boas cervejas e uísques. Surpreendentemente, isto foi muito difícil de encontrar.

Atualmente, o meu desporto favorito é o croquete.  Possivelmente, você pode afirmar que não é realmente um desporto e é uma atividade como o xadrez. Enfim, todas as quinta-feiras eu jogo croquete, com o meu amigo do departamento de Filosofia. Temos muitas regras informais sobre quem começa o jogo com a bola azul especial e quem compra o uísque depois e coisas parecidas como essas. Apesar de sermos ambos senhores de meia idade  somos os mais jovens no clube, acho eu.




Algumas pessoas dizem, de forma zombeteira, que o croquete é  um jogo de senhoras velhas , mas eu penso que é uma mistura de bilhar  e xadrez jogado ao ar livre. Este jogo também tem um aspecto de agressão que é surpreendente para as pessoas que não jogam.  A tática consiste em empurrar as bolas coloridas através dos arcos, por ordem, usando uma marreta de madeira . A parte agressiva é bater a bola do adversário para longe na grama, para fora do campo, em seguida, parecer feliz com isso. Jogar com um filósofo da universidade geralmente implica muitos minutos pensando.

Após o jogo, o pensamento continua e discutimos a maioria dos problemas do mundo e certamente resolvemos a maioria deles, para minha satisfação temporária. Um pequeno problema surgiu sobre como jogar croquete às quintas  e também frequentar o clube Português no Eureka. 

Eu posso discutir sobre isso durante algum whisky excelente.


Saturday, May 14, 2011

Amália Rodrigues quando era nova

A Amália Rodrigues  é uma das pessoas mais famosas de Portugal. De facto,  numa pesquisa realizada em Portugal, que perguntou "quem são as 100 pessoas mais importantes em Portugal", ela ficou em décimo quarto lugar.




 Ela é mais conhecida pela música do fado. Na verdade, quando é mencionado o fado, a Amália também é mencionada.
  

Ela nasceu em Lisboa em 1920, na rua Martim Vaz na freguesia lisboeta da Pena. Seu pai era um trompetista e sapateiro que voltou para o Fundão, a sua cidade, quando Amália tinha só um ano. Sem os pais por um tempo, Amália  foi criada pelos avós num ambiente muito católico. 

O seu talento foi mostrado apenas em locais públicos, inicialmente. Em 1939, ela conheceu compositor clássico, Frederico Valério, que reconheceu a voz maravilhosa dela e ficou tão impressionado que  começou um programa de formação com músicas que ele escreveu especialmente para ela. Um dos primeiros fados  a surgir a partir desta colaboração foi "Fado do Ciúme". 

A sua capacidade de cantar tornou-se famosa em Portugal e em partes da Espanha. Ela foi para o Brasil em 1945 e fez algumas gravações lá. Após a Segunda Guerra Mundial apresentou-se em alguns dos espectáculos do Plano Marshall toda a Europa. Nesta fase, Amália estava a colocar nas suas letras fados de significativos poetas portugueses. 

O estilo de cantar único, o fado, a cantora original, Amália, e as letras poéticas, por exemplo, de David Mourão-Ferreira, foram combinadas numa experiência essencialmente portuguesa. 



O acontecimento mais significativo, talvez, da vida dela ocorreu em 1954, quando cantou no filme francês "Les Amants du Tage" e actuou num papel secundário também. Eu vi partes deste filme. É preto e branco com arranjos antiquados de pessoas na frente da câmara, mas a forte presença vocal de Amália ainda é  persistente na minha memória. 

O meu fado preferido da Amália é "O Barco Negro". Encontrei a letra e uma tradução que está abaixo. 





Barco Negro

De manhã, que medo que me achasses feia,
acordei tremendo deitada na areia.
Mas logo os teus olhos disseram que não!
E o sol penetrou no meu coração.

Vi depois numa rocha uma cruz
e o teu barco negro dançava na luz...
Vi teu braço acenando entre as velas já soltas...
Dizem as velhas da praia que não voltas.

São loucas... são loucas!

Eu sei, meu amor, que nem chegaste a partir,
pois tudo em meu redor me diz que estás sempre comigo.

No vento que lança areia nos vidros,
na água que canta no fogo mortiço,
no calor do leito dos bancos vazios,
dentro do meu peito estás sempre comigo.

Eu sei, meu amor, que nem chegaste a partir,

Black [sail]boat

In the morning, how I feared that you could find me ugly
I woke up trembling, laid on the beach's sand
But immediately your eyes told me the opposite
And the sun entered into my heart

Then I saw a cross stuck on a rock
And your black sailboat dancing under the light
I saw your hand waving goobye among the ready loose sails
Old women of the beach tell me that you will not come back

They are crazy... They are crazy...

I know, my love, that you, in fact, did not leave
because, everything around me tells me that you are always with me

You are in the wind, which spreads sand on the glass (of the windows)
You are in the water, that sings into the dying fire
You are in the warmth of the rest from empty seabeds
You are forever with me, into my heart/chest