A história portuguesa moderno tem um evento crucial, que é referido em todas as relatos que eu li da política do século XX. Este evento é a Revolução dos Cravos. Uma coisa interessante sobre esta revolução foi que não procedeu de acordo com um plano, mas ainda assim foi bem sucedida. A revolução começou com um golpe militar planeado por oficiais do exército. A massa geral do povo não fazia parte deste plano, mas, no entanto, criou as condições em que a revolução só durou um dia e só quatro pessoas foram mortas. As sementes da revolução começaram com a transição da monarquia para o Estado Novo em 1926. O regime ditatorial fascista foi dirigido por Salazar até 1968, quando, após um ataque cardíaco, Salazar abandonou sua posição para Caetano, mais moderado mas ainda um advogado de princípios graves e duras do Estado Novo. Este governo não democrático continuou por várias razões.
Depois de Caetano assumir o cargo da presidência, a guerra nas colónias tornou-se uma das principais causas da dissidência e um foco para forças anti-governamentais na sociedade portuguesa. Muitos estudantes de esquerda e activistas anti-guerra foram forçados a deixar o país para escapar do prisão, recrutamento e tortura por polícias militares. No entanto, entre 1945 e 1974, também houve três gerações de militantes da direita radical nas universidades e escolas portuguesas, guiados por um nacionalismo revolucionário, em parte influenciado pela sub-cultura política do neo-fascismo europeu. A base da luta dos estudantes da ala direita estava numa defesa intransigente do Império Português na época do regime autoritário.
Toda a resistência foi esmagada pela polícia e outras agências estatais. Em segundo lugar, a Europa e os Estados Unidos estavam envolvidos na Guerra Fria com o bloco soviético e preferiam às tendências anti-comunistas de Salazar aos de uma substituição provável da esquerda. Em terceiro lugar, o foco das forças militares estava em derrotar os exércitos de libertação da África, especialmente em Moçambique e Angola.
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